sábado, 5 de maio de 2012

Olhando a quem.




Compreender-se em subterfúgio lacrimoso não carrega nada tão vadio, nem tampouco clichê. Ousaria dizer que é no máximo humano. Não sei aonde nascem as minhas hipérboles,  se soubesse deveria findar com lugar tão daninho, mas certamente o  cuidaria bem melhor. Hipérbole é meu alicerce.  Certamente desmoronaria com a solidão do “não-colorir”. Alguma parte de mim tem essa tendência teimosa que acaba tropeçando nas terras dramáticas de meu ser. E o peito aperta, logo que a mente dá sinal.

Hiperbolizar-se.
Isto que eu deveria fazer. Enfeitar-me, não com joias ou tintas, mas me colorir. Dá-me qualidades que sei que jamais terei, me dá super poderes, olhar raio-x, movimento sedutor, sabedoria infinda...
Mas pense comigo, caro leitor: Se você, assim como eu, é daqueles que vê amor onde não há, que acha que aquele moço esperto vai te achar diferente das outras, que se ele te olhou é porque está interessado... Então você já tem o hábito de enfeitar as coisas, certo? Só que você sempre acaba ferido, certo? Sempre acaba doendo e você sabe que só deu nisso porque você teimou em “adicionar” um riso apaixonado a uma conversa pouco importante, porque você viu sinal onde só havia naturalidade. Se já enfeitas, então porque não usar tal dom para coisas suficientemente boas e que não trarão dores?

Então adentre nessa sem medo. Hiperbolize-se; repito. Se auto estime. Invente muito, invente o máximo que puder.  Mas, por favor, invente para o bem. Invente para o seu bem.
Não, não é egoísmo. É sabedoria. 

Plante gentileza!



Ontem lá estava eu às 19hrs andando pelas ruas do centro justo no horário em que o pessoal costuma sair do trabalho e o trânsito é infernal. Daí numa esquina havia um carro estacionado entre a calçada e a rua, logo o jeito seria passar bem na beiradinha da rua e correr risco de morrer, rs. Porém um senhor gentil, que deveria ser o dono do carro, me chamou de moça bonita e disse para eu passar entre a garagem dele e o carro na calçada, então agradeci e o fiz. Então talvez você esteja se perguntando, sim, mas e daí? Bom, o dia ontem foi ruim demais, mas depois disso, depois de ver que ainda existe gentileza no mundo e que nem todos pensam só em si, o meu dia se tornou bonito. E a intenção de escrever isso, foi para te alertar. E você, anda sendo gentil por aí, ou deixa a agonia do dia a dia lhe roubar sorrisos gentis doados a estranhos? Porque eu, simplesmente amo ganhar um sorriso no meio de uma multidão de gente fútil ou perturbada demais para pensar em fazê-lo. Fazer algo gentil sempre que possa faz um bem tão grande não só a quem você ajuda, mas também a você. Impossível não amar aquela sensação gostosa de doar bondade a um mundo tão avarento como esse em que habitamos. Aos poucos, sorrisos e gentileza estão se tornando escassos e isso me dá um aperto tamanho no peito. Para quê as pessoas hão de viver se não for para plantar felicidade no mundo? Pode até ser que com tais atos citados, você não plante a maior felicidade da vida de alguém. Mas me confesse que nunca saiu de casa desejando só uma palavra aconchegante e não recebê-la não o frustrou. Pequenas felicidades podem contribuir para pessoas melhores. E pessoas melhores podem fazer um mundo bem mais amável. Não deixe a pressa do dia a dia, roubar o que de melhor você tem. Sorria e plante sorrisos. Seja gentil e plante gentileza.